domingo, 2 de maio de 2010

DIA DA MÃE



Hoje celebra-se o amor das mães e dos filhos.

Hoje oferecem-se flores que podem ser beijos.

Hoje é dia de aromas e abraços.



Hoje é dia de agradecer a TODAS as mães!!!



Estão convidados a deixar aqui palavras para as vossas mães.

Para a minha MÃE, um grande beijo!!!



Reparem nas pinturas de Mary Cassat, de Ting Shao Kuang, na fotografia de Dorothea Lange, nos óleos de Almada Negreiros e de Lívio de Morais.
O amor está lá. O tema da maternidade é universal e intemporal.
Atravessa culturas, épocas, estilos.




























A maternidade está na arte. Está na pintura, no desenho, na escultura, na música, na dança...
Está nos versos dos grandes poetas!!! Nas aulas já falámos disso.
Já lemos e colhemos os frutos do belíssimo "Poema à Mãe" de Eugénio de Andrade.
O verso "Guardo a tua voz dentro de mim" é dos mais maravilhosos.


Há, no entanto, pessoas que não são poetas, mas que têm poesia na alma e um amor profundo à mãe.
O poema que se segue foi de alguém assim.



Longe,
muito longe,
eu vejo alguém.
Sim, alguém...
Talvez adivinhe
onde está,
o que pensa,
e o que faz também.
Talvez reze
de todo o coração
por alguém
que também está longe,
tão distante
como ninguém.
E agora,
se me perguntarem
quem vejo,
quem recordo...
Para mim,
mais que ninguém
direi com saudade
que és tu
Mãe!...


Não me chames, mãe
não me chames.
Porque não te ouço.
Porque
não te vejo também.
A cada ave que passa,
a cada nuvem que corre,
a cada brisa que me afaga,
eu pergunto:
Não trazes recado de ninguém?
Não vens de longe,
não viste minha mãe?
Ninguém responde...
Assim fico eu...
Olhando para o céu,
pensando,imaginando
que linda te vejo
além
olhando para o céu também!
Minha querida,
Minha mãe!...

António Ribeiro de Albuquerque ( meu pai) - 1962

2 comentários:

  1. Beijinhos a todas as mães, mas principalmente para a minha mãe que é exelente, compreenciva, querida que gosta de dar e receber miminhos, que esta sempre ao meu lado qunado me sinto triste, desanimada ou tenho uma má nota na escola.
    Minha Mãe es perfeita! Obrigada por tudo!

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  2. Mãe:
    Que desgraça na vida aconteceu,
    Que ficaste insensível e gelada?
    Que todo o teu perfil se endureceu
    Numa linha severa e desenhada?

    Como as estátuas, que são gente nossa
    Cansada de palavras e ternura,
    Assim tu me pareces no teu leito.
    Presença cinzelada em pedra dura,
    Que não tem coração dentro do peito.

    Chamo aos gritos por ti — não me respondes.
    Beijo-te as mãos e o rosto — sinto frio.
    Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
    Por detrás do terror deste vazio.

    Mãe:
    Abre os olhos ao menos, diz que sim!
    Diz que me vês ainda, que me queres.
    Que és a eterna mulher entre as mulheres.
    Que nem a morte te afastou de mim!

    Miguel Torga - Mãe...

    É lindo este poema... Triste e frio como pedra mas mesmo assim lindo.

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